quinta-feira, 2 de maio de 2013

CARTA AOS EDUCADORES MATEMÁTICOS BAIANOS

Caros amigos: O dia 06 de maio foi sugerido pela Sociedade Brasileira de Educação Matemática ? SBEM, como o DIA DA MATEMÁTICA, em homenagem à data de nascimento de um dos mais importantes recreacionistas e popularizadores da Matemática de todo o mundo, o Prof. Júlio César de Mello e Souza (1895-1974), mais conhecido como Malba Tahan. Malba Tahan, autor de vários livros, sendo o de maior sucesso ?O homem que calculava?, defende um ensino da matemática mais lúdico e contextualizado, desde o início do século passado, reinventando o modo de se ensinar e aprender álgebra, geometria e aritmética por meio de histórias, problemas, jogos e desafios, muitos deles ambientados no mundo árabe, sua grande paixão. Esse dia é reconhecido pela SBEM, e a proposta de sua criação oficial, já foi enviada à Câmara Federal, através de um Projeto de Lei (PL-3482/2004), que encontra-se em estado final de tramitação, aguardando aprovação. Em Salvador, por sugestão do EMFoco, a Vereadora Vânia Galvão enviou um Projeto à Câmara de Vereadores instituindo o Dia Municipal da Matemática, já aprovado e sancionado sob nº 7894/2010. Assim, nós do Grupo EMFoco, Núcleo da SBEM-Ba, gostaríamos de convidar a todos os Educadores Matemáticos, do estado da Bahia, para realizarmos um grande movimento neste dia com a realização de atividades diferenciadas, buscando desmistificar o ensino da Matemática, promovendo feiras, bingos, oficinas, workshops, palestras, jogos, etc, desfazendo o mito de que aprender matemática é um privilégio de poucos. No caso de trabalharmos com futuros professores é importante aproveitarmos esse dia para refletirmos sobre o nosso papel como educador no mundo atual. Importante: Solicitamos a colaboração de todos no sentido de tornar esse dia 06 de maio, um marco na Educação Matemática na Bahia, mobilizando boa parte das Instituições de Ensino, reenviando este e-mail para todos os colegas de profissão. Vale a pena fazer deste e-mail uma grande corrente, cujo maior prêmio será a desmistificação de uma ciência que sabemos ser bela, divertida e curiosa. Então, mãos a massa!!! Abraços,

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Essa eu faço questão de compartilhar muito bom! SEI QUE POUQUÍSSIMAS PESSOAS LERÃO ISTO,MAS ATENÇÃO: ... VALE MUITO A PENA LER A NOTA DE R$ 100,00 Um famoso palestrante começou um seminário numa sala com 200 pessoas, segurando uma nota de R$ 100,00. Ele perguntou: “Quem de vocês quer esta nota de R$ 100,00?” Todos ergueram a mão... Então ele disse: “Darei esta nota a um de vocês esta noite, mas primeiro, deixem-me fazer isto...” Então, ele amassou totalmente a nota. E perguntou outra vez: “Quem ainda quer esta nota?” As mãos continuavam erguidas. E continuou: “E se eu fizer isso...” Deixou a nota cair no chão, começou a pisá-la e esfregá-la. Depois, pegou a nota, agora já imunda e amassada e perguntou: “E agora?” “Quem ainda vai querer esta nota de R$ 100,00?” Todas as mãos voltaram a se erguer. O palestrante voltou-se para a platéia e disse que lhes explicaria o seguinte: “Não importa o que eu faça com o dinheiro, vocês continuaram a querer esta nota, porque ela não perde o valor. Esta situação também acontece conosco. Muitas vezes, em nossas vidas, somos amassados, pisoteados e ficamos nos sentindo sem importância. Mas não importa, jamais perderemos o nosso valor. Sujos ou limpos, amassados ou inteiros, magros ou gordos, altos ou baixos, nada disso importa! Nada disso altera a importância que temos. O preço de nossas vidas, não é pelo que aparentamos ser, mas pelo que fizemos e sabemos.” Agora, reflita bem e procure em sua memória: Nomeie as 5 pessoas mais ricas do mundo. Nomeie as 5 últimas vencedoras do concurso de Miss Universo. Nomeie 10 vencedores do prêmio Nobel. Nomeie os 5 últimos vencedores do prêmio Oscar, como melhores atores ou atrizes. Como vai? Mal, né? Difícil de lembrar? Não se preocupe. Ninguém de nós se lembra dos melhores de ontem. Os aplausos vão-se embora. Os troféus ficam cheios de pó. Os vencedores são esquecidos. Agora faça o seguinte: Nomeie 3 professores que te ajudaram na tua verdadeira formação. Nomeie 3 amigos que já te ajudaram nos momentos difíceis. Pense em algumas pessoas que te fizeram sentir alguém especial. Nomeie 5 pessoas com quem transcorres o teu tempo. Como vai? Melhor, não é verdade? As pessoas que marcam a nossa vida não são as que têm as melhores credenciais, com mais dinheiro, ou os melhores prêmios. São aquelas que se preocupam conosco, que cuidam de nós, aquelas que, de algum modo, estão ao nosso lado. Reflita.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Edital de Seleção 1º Mestrado em Educação Matemática da UESC.

Caros amigos: É com grande satisfação que divulgo o Edital de Seleção do nosso 1º Mestrado em Educação Matemática. Acesse o Edital: http://www.uesc.br/publicacoes/editais/05.2012/082.rtf Foi lançado no site da uesc ( http://www.uesc.br/) o EDITAL DE SELEÇÃO DE CANDIDATOS PARA O PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO MATEMÁTICA – PPGEM – NÍVEL MESTRADO ACADÊMICO. O período de inscrição será de 24/05/2012 a 19/06/2012. As informações necessárias encontram-se no próprio Edital que segue em anexo. Por favor, dar ampla divulgação.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Vem aí a VI Jornada de Educação Matemática!!!!

TEMA: A formação do Professor de Matemática na Contemporaneidade: Desafios e Possibilidades
De 07/05/2012 a 09/05/2012

Objetivo:
Discutir as principais pesquisas realizadas quanto a formação do professor de Matemática na contemporaneidade, favorecendo o processo de construção da identidade docente quanto os aspectos sociais, políticos, pedagógicos e culturais presentes nesse território.

Importância:
Contribuir para a formação do professor de Matemática da região Oeste, atendendo os desafios da Educação na contemporaneidade através da troca de experiências das práticas inovadoras que estão sendo implementadas na Educação Matemática.


Histórico:
A idéia surgiu com a criação do curso de Licenciatura em Matemática, sendo que a I Jornada em Educação Matemática foi realizada em maio de 2005, junto à comunidade, com a participação dos professores de matemática da UNEB e professores do ensino fundamental e médio e também a participação de estudantes do ensino médio, quando ainda a primeira turma do curso de matemática ainda não tinha chegado, uma vez que o vestibular para o curso de licenciatura em matemática (Campus IX – UNEB) foi realizado no final do ano 2004 para entrada dos calouros no segundo semestres de 2005. Esta primeira Jornada teve uma grande participação dos profissionais da área tanto de Barreiras como das cidades vizinhas, dando grande incentivo para a realização da II jornada de Educação Matemática que foi realizada no período de 05 a 08 de junho de 2006 com a participação dos alunos do curso de licenciatura em matemática da UNEB juntamente com os profissionais da educação matemática de outras instituições de Barreiras e região. Neste evento foi criada a regional da Sociedade de Educação Matemática (SBEM), regional de Barreiras e Luis Eduardo Magalhães com a participação dos professores da educação matemática.
A III Jornada de Educação Matemática foi realizada de 06 a 08 de maio de 2008 teve como objetivo comemorar o dia nacional da Matemática, (6 de maio) e oportunizar o aperfeiçoamento profissional e a troca de experiências entre aqueles que labutam no ensino de matemática na educação básica (ensino infantil, fundamental e médio), educação tecnológica (cursos técnicos) e superior, servindo, também, como oportunidade para reflexões a respeito da prática e dos objetivos da Matemática. Foram ministrados mini-cursos, oficinas, comunicações científicas e mesa-redonda.
Sendo a IV Jornada de Educação Matemática realizada no período de 05 a 07 de maio de 2009 com o tema de inclusão matemática, onde teve a participação de professores de outras universidades e da comunidade e região, com a realização de palestras, mini-cursos, oficinas e mesa redonda para discussão da temática proposta.
Em 2010 aconteceu a V Jornada, que teve como tema: Matemática e Interdisciplinaridade. Teve a participação de acadêmicos do curso de Pedagogia e Matemática da Universidade do Estado da Bahia, e dos alunos de Matemática do Instituto Federal da Bahia (IFBA) e da Universidade do Estado da Bahia (UFBA), além de professores da rede particular e pública de Ensino Fundamental e Médio.

VI Jornada de Educação Matemática

sexta-feira, 23 de março de 2012
NORMAS PARA SUBMISSÃO DE TRABALHOS NA VI JORNADA DE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA
Para a VI Jornada de Educação Matemática serão aceitas inscrições para as modalidades de:
· Comunicação Oral (CO)
· Sessão de pôster (SP)


COMUNICAÇÃO ORAL (CO)
São relatos de experiências pedagógicas e relatos de pesquisas em Educação Matemática. Os diálogos educacionais serão formados de acordo com o tema da apresentação classificado pelo(s) autor(es) do trabalho. Cada apresentador terá entre 10 e 20 minutos para exposição oral e 10 minutos para questionamentos/diálogos. No final de cada turno, serão feitas sínteses dos trabalhos, considerando o tema das Jornadas.

SESSÃO DE PÔSTER (SP)
A sessão de pôster consiste em momento de exposição de experiências pedagógicas ou pesquisas em Educação Matemática. As dimensões sugeridas para o pôster são de 1,0 m x 1, 20m.
Temas para Comunicações Orais e Sessão de Pôster:

T 1

Processos de Ensino Aprendizagem em Matemática
T 2

Psicologia da Educação Matemática na Formação de Professores
T 3

Tendências em Educação Matemática
T 4

A Matemática e suas múltiplas Linguagens
T 5

A Formação do Professor de Matemática



SUBMISSÃO DE TRABALHOS

1) Os trabalhos a serem submetidos à avaliação da Comissão deverão ser enviados pela internet, juntamente com o preenchimento de ficha de informações sobre o(s) autor(res) do trabalho (uma para cada trabalho) e anexando o mesmo em documento com extensão.doc, até a data de 20 de abril de 2012 no email: jornadaeducmatematica@hotmail.com.

2) O arquivo deve ser nomeado conforme a modalidade, seguido de underline e do sobrenome do autor. Exemplo: CO_LIMA.doc (para Comunicações Orais); SP_LIMA.doc (para sessão de pôster).

3) Quando o trabalho for recebido pela comissão de avaliação, será enviado um email informando ao autor principal o recebimento do mesmo. (Caso não receba um email com a confirmação de sua submissão entre em contato com a organização do evento através de contato telefônico)

Observação: Os trabalhos aceitos somente serão publicados dos eventos mediante inscrição de todos os autores para os eventos.


ORIENTAÇÕES PARA O TEXTO

COMUNICAÇÃO ORAL
1) Estar redigido em português.

2) Título centralizado, em letra maiúscula e negrito.

3) Indicar o nome dos autores alinhados à direita em itálico; em nota de rodapé informar a instituição, a formação profissional e endereço eletrônico.

4) Conter resumo de 100 a 250 palavras, espaço simples e justificado, contendo no máximo seis palavras-chave.

5) Digitar o texto na forma padrão Word, espaço 1,5, fonte Times New Roman, justificado, contendo entre 5 a 10 páginas, seguindo as normas da ABNT.

Observação: O conteúdo e a correção gramatical do texto serão de responsabilidade do(s) autor(es).


SESSÃO PÔSTER

1) Estar redigido em português.

2) Título centralizado, em letra maiúscula e negrito.

3) Indicar o nome dos autores alinhados à direita em itálico; em nota de rodapé informar a instituição, a formação profissional e endereço eletrônico.

4) Conter resumo de 100 a 200 palavras, espaço simples e justificado, contendo no máximo seis palavras-chave.

5) Digitar o texto na forma padrão Word, espaço 1,5, fonte Times New Roman, justificado, contendo entre 5 a 8 páginas, seguindo as normas da ABNT.

Observação: O conteúdo e a correção gramatical do texto serão de responsabilidade do(s) autor(s).





FICHA DE INFORMAÇÃO SOBRE O(S) AUTOR(ES) DO TRABALHO


1) Título do trabalho:

2) Autor(res) e endereço eletrônico:

3) Apresentador(es):

Endereço para correspondência:
Telefones:
E-mail:

4) Modalidade de apresentação: ( ) Comunicação Oral (CO)

( ) Sessão de pôster (SP)

5) Temas em que se enquadra o trabalho:

( )

T 1

Processos de Ensino Aprendizagem em Matemática
( )

T 2

Psicologia da Educação Matemática na Formação de Professores
( )

T 3

Tendências em Educação Matemática
( )

T 4

A Matemática e suas múltiplas Linguagens
( )

T 5

A Formação do Professor de Matemática
Abertas as inscrições para a VI Jornada de Educação Matemática
INSCRIÇÕES

Valor da inscrição:

ACADÊMICOS:
R$ 10,00

PROFISSIONAIS:

R$ 20,00


O valor deverá ser depositado, através de identificação com o CPF, na conta aberta exclusivamente para esse fim. (DADOS BANCÁRIOS A SEREM DIVULGADOS EM BREVE).

OBSERVAÇÕES

Inscrições:
Pela internet, através do envio da ficha de inscrição, a partir do dia 23/03/2012, devidamente preenchida para o email (jornadaeducmatematica@hotmail.com) ou na UNEB, no Colegiado de Matemática, para os Acadêmicos.


Ficha de Inscrição
* Campos Obrigatórios


CPF:

* Nome:

* Cep:

* Endereço:

* Cidade:

* Bairro:

* UF:

* Fone:

* E-mail:

* Tipo de Inscrição:
Participante
Palestrante/Ministrante
Convidado
Ouvinte
Modalidade
Acadêmico
Profissional




A ficha de inscrição deverá ser enviada juntamente com o comprovante de pagamento para o email (jornadaeducmatematica@hotmail.com).

Para a categoria Acadêmicos, inscrição somente na UNEB, no colegiado do Curso de Matemática, das 08:00 às 12:00, mediante apresentação de comprovante de vínculo com alguma Instituição de Ensino.

Informações:
Telefones: (77) 3611-3950
Home page: http://jornadaeducmatematica.blogspot.com.br
PROGRAMAÇÃO DA VI JORNADA DE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA
DATA

HORÁRIO

EVENTO

LOCAL
07/05/2012

18:00 h

CREDENCIAMENTO

CETEP
07/05/2012

18:30 h

ATIVIDADE CULTURAL

CETEP
07/05/2012

19:30 h

CONFERÊNCIA DE ABERTURA
TEMA: A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA NA CONTEMPORANEIDADE- DESAFIOS E POSSIBILIDADES
CRISTIANO MUNIZ /UNB

CETEP
07/05/2012

20:30 h

DEBATE

CETEP
07/05/2012

21: 30 h

ENCERRAMENTO

CETEP
08/05/2012

08:00 h

MESA REDONDA
TEMA: PROCESSOS DE ENSINO E APRENDIZAGEM EM MATEMÁTICA – DESAFIOS DOCENTES

CETEP
08/05/2012

09:00 h

DEBATE

CETEP
08/05/2012

10:15 h

SESSÃO DE PÔSTER

UNEB
08/05/2012

12:00 h

INTERVALO PARA ALMOÇO


08/05/2012

14:00 h

SESSÃO DE COMUNICAÇÃO ORAL

UNEB
08/05/2012

16:15 h

MINICURSOS

UNEB
09/05/2012

08:00 h

MINICURSOS

UNEB
09/05/2012

10:15 h

SESSÃO DE COMUNICAÇÃO ORAL

UNEB
09/05/2012

12:00 h

INTERVALO PARA ALMOÇO


09/05/2012

14:00 h

PALESTRA DE ENCERRAMENTO

CETEP
09/05/2012

15:00 h

DEBATE

CETEP
09/05/2012

16:15 h

HOMENAGEM AOS PROFESSORES DO CURSO DE MATEMÁTICA

CETEP
09/05/2012

17:15 h

ENCERRAMENTO OFICIAL / REUNIÃO OFICIAL DOS SÓCIOS DA SBEM

CETEP
09/05/2012

18:00 h

ATIVIDADE CULTURAL

PARLATÓRIO/
UNEB


CARGA HORÁRIA DO EVENTO: 24 HORAS

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Fundamentos Teórico-Metodológicos do Ensino da Matemática nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental

Frente ao delineamento histórico de aspectos sobre a disciplina de Matemática e de seu ensino, propõe-se o seguinte questionamento: qual fio condutor a ser seguido no ensino da Matemática nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental? Este questionamento admite ampla possibilidade de respostas. No entanto, privilegiar-se-á, aqui, a idéia de um ensino e de uma aprendizagem em Matemática com enfoque no social e no cultural. Essa percepção vem provocando uma imensa reflexão a respeito da melhoria do ensino de Matemática, não só no sentido de concepção de ciência ou de ensino, mas também na busca de novas reestruturações curriculares, possibilidades avaliativas bem como de metodologias e materiais didáticos. Nesse sentido, perspectivas metodológicas, tais como a Etnomatemática e a Resolução de Problemas, constituem-se em possibilidades viáveis para que outras abordagens como os jogos didáticos, o uso de materiais didáticos e de recursos tecnológicos e o desenvolvimento de projetos e atividades investigativas, desencadeiem um processo de ensino e de aprendizagem que, além de levar em consideração aspectos socioculturais, também considerem o aluno como sujeito participante e colaborador de sua própria aprendizagem, de modo a ter condições de estabelecer relações adequadas entre informações, conhecimentos e habilidades para resolver situações-problema (SMOLE ; DINIZ, 2001). Vale ressaltar que, exemplos de encaminhamentos das perspectivas metodológicas citadas serão apresentados na sequência.
Adotando-se a Resolução de Problemas como o fio condutor da organização do ensino da Matemática, o enfoque é para que ela seja uma perspectiva metodológica em que a compreensão do aluno se torne o objetivo central do ensino. Desta maneira, seria possível mudar “a visão estreita de que a matemática é apenas uma ferramenta para resolver problemas, para uma visão mais ampla de que a matemática é um caminho de pensar e um organizador de experiências” (ONUCHIC, 1999, p. 208). Trata-se de uma percepção que entende a compreensão como um processo de aprendizagem, gerada pelo aluno a partir de seu engajamento em construir relações entre as várias idéias matemáticas contidas em um problema e a uma variedade de contextos. Desta maneira, é preciso que o professor entenda que esta perspectiva de Resolução de Problemas “corresponde a um modo de organizar o ensino o qual envolve mais que aspectos puramente metodológicos, incluindo uma postura diferente frente ao que é ensinar e, consequentemente, do que significa aprender” (DINIZ, 2001, p. 89). Em outras palavras, tal idéia significa que o professor deve selecionar e/ou elaborar e propor os problemas matemáticos que agucem o interesse dos alunos em querer resolvê-los. Para soluções dos problemas matemáticos, não basta as respostas finais, mas, primeiramente, explorar os processos de resolução desenvolvidos pelos alunos, os quais podem revelar as combinações entre o conhecimento prévio do alunos e as estratégias criadas por ele afim de encontrar a solução. Nesse sentido, em se tratando de alunos dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, o trabalho  direcionado para a comunicação entre professor e alunos, tende a valorizar e a respeitar os conhecimentos elaborados pelo próprio aluno e pode ser efetivada mediante diferentes registros.
Smole e Diniz (2001) ressaltam os recursos dos registros pictóricos (desenhos), orais (relatos) e escritos (textos e cálculos) como meios viáveis de garantir um canal de comunicação dos alunos a respeito de suas estruturações cognitivas e, ao mesmo tempo, de possibilitar que se avalie a evolução conceitual deste discente por diferentes enfoques. Desta maneira, a utilização dos registros (orais, pictóricos, textos, cálculos) para que o aluno comunique, registre seu modo de solucionar um determinado problema, pode evidenciar os diferentes caminhos e estágios pelo qual o pensamento foi se constituindo ao longo da atividade de resolução do problema matemático, além de possibilitar que seja explicitada, em sala de aula, a variedade de maneiras utilizadas na resolução de um mesmo problema. Segundo Cavalcanti (2001), quando se propicia um espaço para que alunos e professores reflitam a respeito dos problemas a serem resolvidos, então se favorece a formação do pensamento matemático de um modo autônomo, visto que os alunos pensam sobre a questão, elaboram estratégias e registram suas soluções ou recursos para chegar ao resultado final sem se apegarem às regras e crenças tão presentes em aulas de Matemática. Nesse sentido, cabe ao professor perceber que, [...] a valorização dos diferentes modos de resolução apresentados pelas crianças inibe o desenvolvimento de algumas atitudes inadequadas em relação à resolução de problemas, como, por exemplo, abandonar rapidamente um problema quando a técnica envolvida não é identificada, esperar que alguém resolva, ficar perguntando qual é a operação que resolve a situação, ou acreditar que não vale a pena pensar mais demoradamente para resolver um problema (CAVALCANTI, 2001, p. 126).
Entretanto, a autora ressalta que é natural surgirem resoluções incorretas quando os alunos são incentivados a se expressarem livremente. Nesse sentido, além de se garantir o clima de respeito e confiança em sala de aula, o professor pode adotar várias estratégias para que o aluno se sinta à vontade para lidar com a situação do erro, tais como: discutir com o grupo de alunos o motivo da resolução incorreta; possibilitar que seja revista a estratégia de resolução para localizar o erro e reorganizar os dados em busca de nova resolução; propor atividades que favoreçam aos alunos refletirem sobre o erro.
Vale destacar que trabalhos pautados na Resolução de Problemas, podem ser desenvolvidos a partir de várias possibilidades. Por exemplo, Dante (1999), propõe o trabalho pautado no esquema desenvolvido por Polya, ou seja, a resolução de um problema matemático é desencadeada pela passagem de quatro etapas.
A primeira é a compreensão do problema, a qual se refere à identificação do que o problema está pedindo/perguntando; quais dados/informações são apresentados no problema.
Na segunda etapa, o aluno deve elaborar um plano, ou seja, criar um plano de ação de modo a relacionar os dados do problema com o que ele está pedindo.
A etapa seguinte é caracterizada pela execução do plano elaborado, constituindo-se no momento da efetivação de todas as estratégias pensadas para a resolução do problema.
A última etapa é a da verificação ou retrospecto, cujo propósito é o de analisar a solução obtida, repassando-se todo o problema, para que o aluno possa como pensou inicialmente a estratégia selecionada e caminho trilhado para obter a solução.
Pela perspetiva de Smole, Diniz e Cândido (2000), sugerem situações-problema geradas a partir de brincadeiras infantis (amarelinha, pular corda, caçador ou queimada, lenço atrás, entre outras), ou seja, após os alunos realizarem a brincadeira o professor pode propor algumas problematizações, tais como: quantas casas tem a amarelinha? Saindo da casa onde está o 7? Por quais casas passamos para chegar ao 2? Represente o diagrama da amarelinha? Quais formas geométricas estão presentes? Já, em relação à brincadeira de pular corda, pode-se iniciar questionando a respeito das diferentes maneiras de pular corda (zerinho, cobrinha, entre outras) e, após experimentarem tais maneiras problematizar perguntando sobre quais delas o aluno obteve mais êxito e o motivo disso acontecer. Segundo as autoras, este tipo de atividade propicia que o aluno vivencie situações reais a serem resolvidas, as quais além de despertarem o prazer de estudar matemática também desencadeiam ações próprias para a resolução de um problema: identificação de dados, mobilização de conhecimentos matemáticos dos alunos, construção de uma estratégia, organização na busca de solução, análise do processo e validade da resposta.
Guérios et al (2005), sugerem a proposição de situações-problema a partir de textos, como histórias da literatura infantil, histórias em quadrinhos, artigos publicados pela mídia escrita (jornais, revistas), receitas da culinária, encartes de mercado e/ou folders de propagandas, figuras (obras de arte, fotografias), jogos, brincadeiras e experimentos com o manuseio de materiais didáticos e tecnológicos. Nesse sentido, é preciso observar se a fonte do problema (o texto, a figura, a brincadeira, o jogo ...) apresenta informações matemáticas (números, medidas, formas geométricas...) e, também, se o material selecionado está adequado ao ano escolar em questão.
Por exemplo, a proposição de situações-problema a partir da figura de uma obra de arte, se constitui em uma possibilidade significativa para alunos ainda não leitores, visto que os problemas e suas soluções podem ser elaborados oralmente (GUÉRIOS et al, 2005, p. 31). Ressalta-se, ainda, que o estudo da Matemática a partir da abordagem de textos, também, permite a investigação matemática em contextos que, aparentemente, não possuem relação com esta área do conhecimento. Segundo estes autores, em um trabalho pautado na Resolução de Problemas, a avaliação da aprendizagem pode ocorrer, tanto por meio da análise das estratégias e procedimentos desenvolvidos pelos alunos nas resoluções dos problemas quanto pela habilidade de eles serem os propositores das situações-problema, ou seja, os enunciados elaborados pelos alunos fornecem indícios a respeito do modo como eles estão compreendendo o conteúdo matemático em estudo.
Em se tratando dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, pode-se observar a apropriação que o aluno faz dos conceitos matemáticos, por exemplo, se faz uso da linguagem e simbologia matemática (primeiro/segundo – 1º/2º...; maior/menor - > / <.. organização das informações – tabelas, gráficos), se evidencia noções de grandezas, medidas e de topologia (tamanhos, proporcionalidade, localização espacial,...); se apresenta procedimentos relacionados ao conhecimento numérico e algorítmicos (notações numéricas, contagem, diferentes tipos e classificações de números – Naturais, Racionais e outros – e classificações variadas (números primos, pares/ímpares,...), além de noções operacionais por meio de algoritmos relacionados à adição, subtração, multiplicação e divisão.
Conforme já mencionado anteriormente, a perspectiva da Resolução de Problemas compreende, também, a possibilidade de trabalho a partir do desenvolvimento de atividades lúdicas, tais como: a abordagem à literatura infantil, às brincadeiras, aos jogos didáticos envolvendo conteúdos matemáticos e à manipulação de materiais didáticos. Entretanto, tais atividades lúdicas no contexto educativo para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental não representam somente uma alternativa de proposição de problemas, mas também, uma perspectiva de ensino-aprendizagem que envolve a idéia do aprender brincando, do despertar de interesses e, ainda, contribui para o desenvolvimento cognitivo, afetivo e social dos alunos de um modo significativo. Por esse viés, ressalta-se que, os ambientes onde os materiais didáticos são utilizados favorecem a aprendizagem do aluno, mas se alerta que nenhum material basta por si só e, os alunos, nem sempre conseguem relacionar as experiências concretas com o conhecimento matemático escolar. Segundo Passos (2006), os materiais didáticos no ensino da Matemática devem ser vistos como instrumentos para mediação na relação professor, aluno e conhecimento e, também, requer certos cuidados com a escolha dos mesmos, indo além do fator motivação, pois “[...] envolvem uma certa diversidade de elementos utilizados principalmente como suporte experimental na organização do processo de ensino e aprendizagem” (PASSOS, 2006, p. 78). É preciso atenção à seleção de materiais didáticos adequados ao conteúdo e ao nível de escolarização e, também, à distância existente entre o material e as relações matemáticas pretendidas. [...] pode servir para apresentar situações nas quais os alunos enfrentam relações entre os objetos que poderão fazê-los refletir, conjecturar, formular soluções, fazer novas perguntas, descobrir estruturas. Entretanto, os conceitos matemáticos que eles devem construir, com a ajuda do professor, não estão em nenhum dos materiais de forma que possam ser abstraídos deles empiricamente. Os conceitos serão formados pela ação interiorizada do aluno, pelo significado que dão às suas ações, às formulações que enunciam, às verificações que realizam (PASSOS, 2006, p. 81).
Nesse sentido, entende-se que a adoção de materiais didáticos (ábacos, material dourado, sólidos geométricos, embalagens diversas, palitos de sorvete, tampinhas de garrafas, calculadora, entre outros) é de fundamental importância para a aprendizagem dos alunos desde que mediada pela ação docente, pois pode se constituir em uma maneira de os discentes compreenderem o como e o para quê aprenderem Matemática, a partir da formação de idéias e modelos e, também, deixarem de lado certos mitos relacionados a essa área do saber. Ainda, no que se refere aos materiais didáticos, destaca-se os recursos tecnológicos (calculadoras e computadores), os quais estão, a cada dia, mais presentes nas atividades cotidianas das pessoas. O acesso a esse tipo de material pode ser viabilizado tanto por um viés investigativo como por meio do desenvolvimento de projetos de ensino. Por exemplo, podem-se propor aos alunos, investigações de questões a serem resolvidas com o uso da calculadora, como fazer aparecer no visor da máquina o número 675 sem que sejam utilizadas as teclas referentes aos algarismos deste número. Para isso, o aluno terá que fazer anotações do modo como procedeu para encontrar o número solicitado. A socialização das diferentes possibilidades de resolução desta questão permite, aos alunos, perceberem e avaliarem outros caminhos para a resolução de uma mesma situação. Em relação ao uso do computador, o mesmo pode ser utilizado para a elaboração de gráficos que representem os resultados obtidos a partir de um projeto de pesquisa/estudo desenvolvido com os alunos a respeito de determinada temática, por exemplo, um projeto sobre os preços do pão francês e do leite de pacote do comércio existente ao redor da escola. Após a coleta dos preços e da organização de tabelas com os preços coletados é possível elaborar gráficos que representem os dados obtidos. Nesse sentido, alguns softwares facilitam a geração de diferentes tipos de gráficos (coluna, barra, setor, entre outros) em relação ao mesmo grupo de dados. Possibilitar aos alunos terem acesso a esse tipo de material é, de certa forma, contribuir para a sua formação e inserção no mundo social.
Em relação às brincadeiras e aos jogos, pesquisadores da área revelam que tais ações estão presentes no cotidiano dos seres humanos, no entanto, para as crianças o jogar e o brincar, além de se constituírem em algo próprio de suas faixas etárias também são muito importantes para seu desenvolvimento.
No universo das crianças, jogos e brincadeiras ocupam um lugar especial. Nos momentos em que estão concentradas em atividades lúdicas, as crianças envolvem-se de tal modo que deixam de lado a realidade e entregam-se às fantasias e ao mundo imaginário do brincar (RIBEIRO, 2008, p. 18). Desta maneira, a associação da brincadeira e dos jogos com situações de ensino pode desencadear, no aluno, um processo de interesse e significação na construção de novos conceitos matemáticos, visto que ele terá que desenvolver estratégias para alcançar o objetivo do jogo. Ressalta-se que a incorporação do jogo, em sala de aula, favorece, também, o desenvolvimento da criatividade e do respeito mútuo, do senso crítico, da participação, da observação e das várias formas de uso da linguagem (GRANDO apud RIBEIRO, 2008). Nesse sentido, é possível encontrar na literatura específica ao tema uma ampla variedade de possibilidades de uso de jogos nas aulas de Matemática. Por exemplo, Guérios e Zimer (2002) sugerem como desenvolvimento de práticas pedagógicas com jogos a construção do material em si. Tal construção pode ser realizada sob dois enfoques: os jogos construídos pelo professor e os jogos construídos pelos alunos, mas mediados pelo professor. No primeiro, o professor constrói o jogo e o leva pronto para a sala de aula. No segundo enfoque, quem elabora as questões que irão compor e dinamizar o jogo são os próprios alunos. Essa dinâmica envolve o aluno em um exercício intelectual que exige o conhecimento a respeito do conteúdo matemático que está sendo trabalhado. Já Ribeiro (2008), sugere que nas situações em que o jogo é elaborado pelo professor, seja desenvolvido em sala de aula uma atividade de investigação matemática, por meio de relatórios escritos pelos alunos a partir da ação de jogar. Nestes relatórios, os alunos poderão apresentar suas idéias a respeito dos resultados e conclusões obtidas com a atividade e, ainda, revelarem as estratégias traçadas durante o jogo. Já em relação, aos jogos elaborados pelos alunos, a autora ressalta a necessidade de eles produzirem um esboço da proposta do jogo antes da confecção final do mesmo, visto que muitas das dificuldades e dúvidas em relação ao conteúdo podem ser evidenciadas ainda nesta fase do trabalho. Ribeiro (2008) destaca também, que tanto os relatórios quanto as observações a respeito do conhecimento do aluno, evidenciadas durante a construção do jogo, podem se constituir em possibilidades avaliativas da aprendizagem do aluno e investigativas da ação pedagógica do professor.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

XII SEMAT- Semana de Matemática na UEFS

XII SEMAT - LICENCIATURA EM MATEMÁTICA: QUAIS OS CAMINHO A SEGUIR?

A Semana de Matemática da Universidade Estadual de Feira de Santana – SEMAT, é um evento que promove o debate e a divulgação de pesquisas da ciência matemática e de áreas afins, além de proporcionar interações com os demais campos da área de educação e das licenciaturas.
Como continuidade de uma prática do Diretório Acadêmico de Matemática Profª Maria Hildete de Magalhães França, a gestão AtiviDAde vem promover a realização da XII SEMAT, através da apresentação de trabalhos científicos do ensino superior da Bahia e dos demais estados.
Nossa proposta visa difundir o conhecimento, valorizar o esforço de despertar a percepção para as novas oportunidades da matemática nas áreas afins. As ações acadêmicas voltadas para o futuro buscam garantir o desenvolvimento integrado do indivíduo, tendo em conta, não só os aspectos de formação profissional, mas, sobretudo, a preparação para o pleno exercício da cidadania.
Nesse sentido, a 12ª edição da SEMAT traz como tema: “Licenciatura em Matemática: quais os caminhos a seguir?” e visa estabelecar discussões entre profissionais, pesquisadores, estudantes e a comunidade como forma de proporcionar a construção do sujeito através de suas práticas profissionais e pedagógicas na matemática.
Desde já, agradecemos a todos que venham colaborar com a realização deste evento!

Inscrição:

Periódo de Inscrição 05 de agosto a 21 de outubro
De 24 a 27/10/20011.

http://www.uefs.br/semat/